terça-feira, 30 de outubro de 2012

A missão do CVT de Passos


No ano de 2011, na edição do Boletim da Semana de Ciência e Tecnologia  tivemos a oportunidade de comentar sobre o Papel do CVT de Passos e dos objetivos do programa de inclusão social e digital proposto pelo Governo de Estado de Minas Gerais, através do programa de Inclusão Digital.
Tivemos a oportunidade de ressaltar que o Projeto Estadual de Inclusão Digital, sob a gestão da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, tem como finalidade preparar os cidadãos para o futuro, por meio da universalização do acesso à internet, treinamentos profissionalizantes, laboratórios vocacionais, pesquisas e videoconferências, possibilitando o desenvolvimento social autossustentado, novas oportunidades de trabalho, difusão de conhecimento e melhoria da qualidade de vida.
Por outro lado uma estratégias que julgo ser das mais “geniais” é tentar induzir o próprio município e os CVTs buscarem seus caminhos a partir e com chegada nos objetivos propostos pelas SECTES, considerando principalmente as particularidades dos municípios e suas vocações regionais bem como o papel e capacidade de suas gestoras.
Assim o CVT da FESP tem como proposta promover a inclusão digital e social principalmente a partir de escolas e Associações que tenham como público as crianças em idade escolar.
Não obstante durante o mês de outubro em especial neste período da semana nacional de ciência e tecnologia, gostaria de comentar sobre dois episódios do CVT.
Deste o inicio da atividade do CVT a FESP, Fundação de Ensino Superior de Passos tem atuado de forma incisiva nas ações do CVT. Contanto com um parque de mais de 500 computadores, frequentemente estes equipamentos necessitam de serem susbtituidos e muitos deles possuem vida útil de mais alguns anos. Assim o Presidente da FESP prof. Fábio Pimenta Esper Kallas tem recebido pedidos de doação de computadores, porém no momento da doação é oferecido a parceria com o CVT. Desta estratégia existem hoje diversos “pólinhos” que funcionam como extensões do CVT. Já foram atendidos ONGs e escolas. Dentro da própria FESP hoje existe um laboratório do Centro de Ciências para atender aos alunos que frequentam o local. Assim projetos como o AMAR (Projeto de apoio a crianças do bairro Coimbras) e mesmo em Igrejas como Presbiteriana também do bairro Coimbras oferecem os cursos do CVT a partir de computadores doados pela FESP.
Neste mês diversas instituições que promovem ações de inclusão digital, receberam computadores da FESP por meio de contrato de comodato. Este computadores são todos revisados pelo departamento de informática e prontos para uso. A primeira instituição a receber os computadores foi o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cássia, beneficiado com 10 máquinas. O Presídio de Passos também recebeu a mesma quantidade de computadores que serão utilizadas no Núcleo de Ensino e Profissionalização. A FESP atendeu ainda a Associação Reintegrar e a Associação Sagrada Família oferecendo nestas instituições cursos do CVT (Centro Vocacional Tecnológico) da FESP. A Diretora de Atendimento e Ressocialização do Presídio de Passos, Nágila Medeiros Couto, destacou a importância da oferta dos computadores. “A escola do presídio tem 12 alunos no Ensino Médio, 14 no fundamental e 8 na alfabetização e ter computadores é um grande estímulo para eles. O coordenador do CVT visitou esta semana a APAC (Associação de proteção e assistência aos condenados) para ver “in loco” o trabalho de implementação da sala de informática com os cursos do CVT.
O parceiro mais importante da inclusão digital é a educação. A inclusão digital deve ser parte do processo de ensino de forma a promover a educação continuada. Note que educação é um processo e a inclusão digital é elemento essencial deste mesmo processo. 
O CVT da FESP prioriza a inclusão digital e a formação dos professores da rede pública e particular, alavancando o conhecimento que somente a Universidade pode gerar de forma singular e compartilhada. Esta é a nossa missão.









Mostra de Ciências: Economia, sustentabilidade e erradicação da pobreza



Sessenta alunos, trinta e um professores, dezesseis trabalhos, quase mil visitantes. Este é o saldo da Mostra de Ciências do Centro de Ciências.  O Centro de Ciências Profa Sônia Zampieron nasceu junto com o Centro Vocacional Tecnológico da FESP. A proposta inicial do CVT da FESP e Centro de Ciências era alavancar e levar a Ciência as escolas da rede pública de Passos. Assim eventos como a mostra de Ciências são o carro chefe dos eventos do Centro de Ciências durante a Semana nacional de Ciência e Tecnologia. Este ano participaram dezesseis trabalhos relacionados ao tema da semana nacional, Sustentabilidade, Geração de emprego e Renda e Economia Verde. 
Os trabalhos apresentados no dia vinte e cinco de outubro foram divididos em Ensino Fundamental e médio, sendo que os trabalhos do ensino fundamental foram: Alimentação saudável a custo zero, Aproveitamento da Energia Solar a Baixo Custo ,Aproveitamento e Reaproveitamento de Alimentos, Aquecedor Natural, Computação Sustentável,  Horta Escolar , O sabão como recurso eficiente na vida sócio comunitária , Óleo Legal, Pesticida Natural , Reciclagem de Papel, Sustenta coco e Terra Boa é da Composteira. 
Já os trabalhos do Ensino médio foram: Forno Solar; conhecimento e criatividade, protagonismo e lucratividade, Moveis Alternativos, Reboco e Pintura Natural e Vivendo “no lixo ou do lixo”.
A criatividade de busca de soluções foi a tônica da Feira. A Escola Estadual prof Jair Santos por exemplo participa do programa Intel Aprender e a professora Lucieny Oliveira Costa é mediadora e desenvolve um projeto de montagem de uma horta na escola com mudas produzidas na Fazenda da FESP. Ela foi responsável por quatro trabalhos , entre eles aproveitamento e reaproveitamento de alimentos bem como o da criação de uma Horta Escolar.
O tema foi recorrente em diversos trabalhos que buscaram alternativas como o apresentado pelo Colégio Imaculada Conceição que mostrou a todos como produzir uma horta totalmente orgânica e sem o uso de agrotóxicos tendo uma alimentação saudável e nutritiva. Esta receita é importante segundos os alunos que apresentaram o projeto pois em muitas escolas a alimentação é baseada em alimentos industrializados e que tal visão deve ser modificada em prol da saúde.

No projeto Vivendo no lixo ou do lixo, a coleta seletiva do lixo nas escolas é a proposta dos alunos do ensino médio do Colégio Imaculada Conceição. Para os alunos o trabalho educacional é um dos mais urgentes e necessários para reverter a situação geradas pelo consumo da sociedade.
Os objetivos da proposta entre eles é reduzir o volume potencialmente reciclável para o aterro municipal.. Assim a proposta dos alunos é promover uma grande sistema de mobilização para que todo o material a ser reciclado seja redirecionado para a ONG "Deus Proverá que atua no processo de reciclagem.
Entre os diversos trabalhos algumas propostas tentam aproveitar as características da região  e o seu aproveitamento na construção civil. Esta foi a proposta dos alunos da Escola Estadual Tancredo Neves que vieram demonstrar técnicas construtivas utilizando corantes naturais na pintura no lugar das tintas comerciais, bem como as técnicas de alvenaria para produção de reboco. O trabalho chamou a atenção inclusive de professores do curso de Engenharia que visitaram a feira.
Para os alunos da Escola Jair Santos, Comprar bem, Conservar bem e Preparar bem é a receita para evitar o desperdício em casa. 
Os alunos ainda mostraram como aproveitar os alimentos que sobram em casa como arroz, carne e legumes. E durante o evento fizeram uma sessão de degustação de alimento feitos a partir de sobras como as geleias. 

Os alunos do ensino médio da E.E Tancredo neves mostraram que móveis alternativos podem ser feitos de materiais como garrafas pet e papelão. O que mais chamou a atenção foram os banquinhos de garrafa pet, extremamente confortáveis e resistentes, além das prateleiras feitas com papelão.
Outros alunos da mesma Escola vieram com um proposta inovadora, com o título do projeto: Forno Solar; conhecimento e criatividade, protagonismo e lucratividade, apresentaram um forno solar utilizando os princípios da física. Para tal os alunos construíram uma caixa com material reflexivo capaz de chegar as altas temperaturas encontradas nos fornos domésticos. Aproveitando a alta insolação do verão a proposta é utilizar o forno para produzir desde alimentos desidratados até o uso no dia a dia e para demonstrar levaram pequenas amostras de bolo assado no forno solar.
Você sabia que para cada tonelada de papel reciclado você deixa de cortar 20 árvores? Este foi o recado os alunos do ensino fundamental da Jair Santos.    
Para demonstrar a técnica os alunos montaram uma pequena oficina de reciclagem de papel demonstrando que é possível produzir papel em casa e a partir do materiais como papeis velhos e jornais.
Que tal uma receita que leva macerado de alho, coentro, camomila, manjericão. Pode até parecer uma receita de alguma salada mas na verdade é um pesticida natural. Esta foi a proposta dos alunos do colégio São Francisco que além de levarem o pesticida, demonstraram como o mesmo deve ser aplicado. 
O óleo foi o centro das atenções de duas escolas, a Tancredo Neves e Jair Santos, a proposta dos alunos era o uso e reciclagem do óleo comestível em produção de produtos, em especial aos sabões. Os alunos demonstraram como é possível usar a reação de saponificação para produzir são caseiro e técnicas conhecidas pelos antigos e que as novas gerações desconhecem. Os alunos ainda lembraram da dificuldade do descarte do óleo e a possibilidade de produzir inclusive biodiesel a partir do óleo. 
O projeto Sabão Ecológico, teve a preocupação com o tema deste ano, a Sustentabilidade, e partiu uma oficina de reciclagem de óleo usado. Os alunos experimentaram novas receitas de sabão caseiro, a partir do reaproveitamento de óleo de cozinha utilizado na própria escola.

O Colégio Tiradentes demonstrou que é possível construir um aquecedor solar de baixo curso a partir de materiais simples como mangueiras de irrigação e tubos de PVC. A justificativa é que os aquecedores solares industrializados são de alto custo e o resultado obtido como soluções simples são perfeitamente viáveis. Os alunos ainda mostraram que apesar de estar em ambiente fechado simularam a luz solar apenas com uma lâmpada com resultados surpreendentes.
Durante todo o dia diversas escolas de Passos visitaram a feira e puderam conhecer um pouco do trabalho dos alunos e professores de Ciências. Todos os trabalhos foram avaliados e todos serão premiados durante o mês de novembro em um novo evento a ser realizado.