terça-feira, 2 de julho de 2013

Uaitec e a Engenharia: Sistema de Esgoto e a realidade brasileira


Foi realizado no dia 21 de junho a videcconferência: Sistema de Esgoto e a  realidade brasileira. Desta vez o convidado foi o engenheiro Vanildo Trindade, professor da Faculdade de Engenharia de Passos. Segundo o Professor Vanildo a realidade da coleta de esgotos no Brasil sofre um forte recuo, cujo atendimento hoje é de 44%. 
Ainda segundo o palestrante deve-se considerar os sistemas de esgoto no contexto mais amplo do saneamento básico e suas relações com a saúde pública.As diretrizes do saneamento básico são estabelecidas pela Lei 11.445 de 05 de Janeiro de 2007.
Se considerarmos como saneamento básico adequado, as infraestruturas urbanas que resolvem a demanda de abastecimento público de água potável , os sistemas de esgotos domésticos, a drenagem urbana de águas pluviais e os sistemas de resíduos sólidos, concluímos que no Brasil temos uma carência histórica com serias consequências a saúde pública.
Para Vanildo a realidade dos sistemas de coleta de esgoto são extremamente preocupantes  pois no último censo do IBGE apresentaram uma piora considerável, como o atendimento em termos de coleta de esgoto caiu de 50% para 44% da população urbana. Durante a videoconferência diversos municípios participaram com perguntas e discussões sobre os sistemas de coleta de esgoto.



Uaitec e a Engenharia Produzindo Energia



O UAITEC de Paasos tem levado ao ar uma série de Videoconferências e neste ano optamos pela Engenharia como tema. Assim no último dia 24 de maio o nosso convidado foi o prof. Venância Dias de Castro e o Assunto é a geração de energia elétrica  Contanto com a participação de prefeituras, departamentos de obras, engenheiros, produtores rurais, grupos vinculados a sustentabilidade alunos do ensino médio, enfim tentaremos levar a discussão sobre a produção de energia por pequenas propriedades inclusive como fonte de renda.  Segundo o Professor Msc Venâncio Dias de Castro, o nosso videoconferencista   e docente da Fundação de Ensino Superior de Passos, atualmente é possível um consumidor gerar parte ou quase toda energia elétrica que consome e “estocar” a sobra de energia que gerou no sistema elétrico para uso posterior. Isto depois do evento da resolução REN 482/2012 da ANEEL, que permite o acesso de micro e mini geração distribuída aos sistemas de energia elétrica, ou seja, a interligação da sua geração à rede elétrica da empresa de eletricidade que o serve, com medição da energia que envia, além da medição do que consome, existente normalmente. 
Segundo o Prof. Venâncio existe modalidades factíveis atualmente para a geração pelos consumidores entre elas a hidroeletricidade, a termoeletricidade,  a conversão fotovoltaica e a geração eólica 
Em especial a hidroeletricidade – geração de energia elétrica por energia hidráulica - depende da existência de curso de água, com vazão e queda d’água adequadas além da criação de represamento, dependente da sazonalidade da vazão. Interessa a proprietários rurais com esta característica na propriedade, grupo empresarial ou prefeituras que possam utilizar esta característica, instalando micro hidroelétricas (potência menor que 100kW) ou mini hidroelétricas (potência entre 100kW e 1.000kW) ou Pequenas Centrais Hidroelétricas – PCH – (potência entre 1.000kW a 30.000kW), Como exemplo de utilização o anexo 1 mostra a experiência de Poços de Caldas.
 A termoeletricidade – geração de energia elétrica por combustão de hidrocarboneto – usando derivados do petróleo é utilizada por médios e grandes consumidores, somente como geração complementar no “horário de pico” ( final da tarde) para diminuir a demanda contratada. 
A geração usando gás natural é usada por grandes consumidores onde há gás canalizado. A queima de biomassa acontece só para resíduos vegetais (bagaço de cana) pelas empresas de exploração agrícola, tendo uma envergadura apreciável. 
A Conversão fotovoltáica - transformação direta da energia solar em eletricidade - é a mais promissora para uso generalizado, o sol é para todos, gratuito e não poluente. É ainda uma geração cara, usada atualmente quando se necessita pouca potência em local longe da rede elétrica, mas tem avanços tecnológicos (custo e eficiência) significativos, apontando para um futuro com ‘telhados energéticos’ disseminados para residências, indústrias e logradouros públicos. Isto já é realidade na Alemanha e a CEMIG acaba de instalar na cobertura do Mineirão (estádio de futebol) 5.910 módulos conversores a um custo de quase 11 milhões de reais com capacidade de suprir a energia de quase 1.000 residências médias. 
A Geração eólica - captação por hélices da energia dos ventos – depende da incidência de ventos no local pretendido, tem sua viabilidade econômica para porte grande, mas com o advento de se ‘estocar’ a energia na rede elétrica, a sua aleatoriedade de geração deixou de ser um empecilho para a geração por consumidores,